#PraCegoVer - Gráfico multicolorido apresentando o perfil dos consumidores divididos entre: inovadores (2%) adotante inicial / pioneiros (13%), maioria precoce (34%), maioria tardia (34) e retardatários (16%)
Toda mudança cultural requer compradores pioneiros
Você está lendo isso em um smartphone?
Se você respondeu sim a essa pergunta em 2007, é provável que você tenha sido um dos primeiros a comprar um iPhone da Apple.
O iPhone não foi o primeiro smartphone, mas a Apple foi a primeira a introduzir a tecnologia de tela sensível ao toque que mudou a maneira como pensamos sobre telefonia, computação, fotografia, mídia, entretenimento, negócios e comunidade.
Este continua sendo um dos melhores exemplos de como a tecnologia impulsionou a mudança cultural – e como os primeiros a adotá-la foram essenciais para que isso acontecesse.
O que é um adotante inicial ou pioneiro?
Um early adopter é alguém que usa um produtor inovador antes da maioria dos outros. Eles são motivados a ser os primeiros e geralmente pagam mais, se isso significa que o produto melhora sua vida ou negócio, ou eleva sua posição social.
Empresas como a Apple cresceram com base na adoção antecipada de fãs de sua marca e produtos. Além de comprar cedo e frequentemente, esses fãs também costumam ser evangelistas – ajudando a construir entusiasmo em mercados mais amplos.
Essa evangelização é o que começa a provocar mudanças culturais em relação à inovação.
Difusão da inovação
O professor de estudos de comunicação, Everett Rogers, publicou pela primeira vez sua teoria de Difusão de Inovação em 1962; ela continua sendo a teoria mais amplamente citada sobre a adoção de inovações pelo consumidor.
O modelo de Difusão de Inovação é representado por uma curva em sino (mostrada na imagem) que mostra os estágios de adoção de um novo produto pelo mercado.
De acordo com Rogers, qualquer inovação é primeiramente adotada pelos inovadores — aquela pequena minoria de indivíduos que estão quilômetros à frente de todos os outros em termos de compreensão da necessidade e possíveis aplicações para aquele produto.
Eles são seguidos de perto pelos primeiros usuários, que rapidamente perceberam o potencial e querem uma parte dele.
Para muitas inovações, é aí que as oportunidades de mercado terminam.
O modelo Rogers descreve o abismo que separa os primeiros adeptos do mercado mais amplo. Uma inovação que é capaz de deixar de ser cobiçada pelos convertidos para se tornar um consumível de mercado de massa, alcançou o que a vasta maioria dos novos produtos não consegue fazer.
De acordo com a teoria original de Rogers, há cinco atributos que impactam sua adoção:
Vantagem relativa – a inovação é melhor do que aquilo que está substituindo?
Compatibilidade – a inovação se baseia no que veio antes? Posso entendê-la?
Complexidade – é fácil de usar?
Testabilidade – posso experimentar?
Observabilidade – os resultados desta inovação são claros para todos verem?
Quanto melhor uma inovação atender a esses critérios, mais rápida será sua adoção.
Muitos estudos foram construídos a partir do modelo original de Rogers, com adições sugeridas.
Muitos "gurus da internet" enchem a boca para falar que as micro e pequenas empresas precisam inovar, mas se esquecem de dizer para os empresários que apenas a minoria compra inovação.
Uma agência de marketing pode ajudar sua empresa quebrando a resistência dos adotantes iniciais (pioneiro ou early adopters), seja fazendo uma pesquisa de mercado, seja criando estratégias e campanhas para atender primeiro esse público, para só então oferecer sua inovação para o restante do público.
Não estou dizendo aqui que a inovação não deva ser encorajada, porém é importante para o empresário entender, com antecedência, como o público consumidor reage e de que maneira trabalhar para colher os melhores resultados.
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